sexta-feira, 13 de julho de 2007

1995 ou a "Ruptura"




Na vida, há sempre momento (s) de ruptura (s), em que nos propomos a mudar, naturalmente, ou por força das situações envolventes. Tudo é mutatis mutandi , dirão alguns.
Em 1995, um ano após a minha vinda a Portugal, assisti a uma dupla "ruptura", sendo uma pessoal, e outra social. Perfilava para o cargo de Primeiro Ministro, o "delfim" do Partido Socialista, o Engenheiro António Manuel de Oliveira Guterres, contra o então Primeiro Ministro, o Professor Doutor Aníbal António Cavaco Silva que, após inúmeras contestações sociais, viu o "seu" palácio de São Bento a "desmoronar-se" lamentavelmente.
Não sei se é mera impressão minha, mas o facto é que, a partir desse ano, as coisas, as pessoas, as mentalidades sofreram uma vaga de mudanças, isto é, uma abertura pouco habitual às novas coisas, à Europa, ao Mundo. Pouco a pouco, os estilos, as manias, e os hábitos dos portugueses começaram a alterar-se, melhor, a adaptar-se à modernidade. Não me arrisco a dizer que a modernidade europeia só tenha chegado à sociedade portuguesa, nos anos 90, pois isso seria quase um atentado qualquer. Mas, a verdade é que pude notar uma certa "ruptura" social desde então que, obviamente, muita influência teve na minha formação enquanto pessoa, adolescente que era.
Foi nesse ano que tive a minha primeira aproximação à realidade e opinião política. Não é por nada que atrás tenha salientado a mudança no poder Executivo do país, pois, confesso que a figura do Eng. António Guterres, enquanto político, muito me apaixonou à coisa pública. É caso para dizer que esse grande Senhor é o meu "Padrinho" na política, e tenho orgulho nisso.
Foi também nesse ano que comecei a frequentar o Lycée Français – Charles Le Pierre, nas Amoreiras. Uma escola notável que me abriu os olhos ao mundo, e onde fiz amizades de gente dos quatro cantos do Planeta. Ainda vivo com alguma Saudade desse tempo em que vivi os meus primeiros momentos de "globalização".

1 comentário:

Simplesmente_Palavras disse...

as mudanças estão sempre a decorrer.. quer seja na política, no nosso bairro, no nosso quarto, no nosso corpo!

tudo se transforma, nada se mantém intocável ;)

abc, Luc